Não é só na Assembléia Legislativa que o tema do nepotismo cria polêmicas não.

Na progressista cidade de Vitória de Santo Antão, o clima pegou fogo, no mês passado, longe da cobertura da grande imprensa, como preferem alguns.

O projeto de lei antinepotismo nº 003/07, de autoria da 2ª secretária da mesa diretora, vereadora Maria Madureira de Amorim (PR), foi levado à votação no mês passado.

O projeto ficou cinco meses em tramitação na casa e foi levado à votação na segunda-feira (15), mas foi derrubado por 5 x 2.

O voto foi verbal.

Cada vereador disse como votaria, contra ou a favor.

Diante da inusual transparência, a repercussão na cidade foi grande.

Todos os cinco vereadores que votaram contra disseram que não tinham como votar contra porque tinham familiares e parentes empregados na Câmara. É aqui que entra o vereador tucano José Paulo da Silva, mais conhecido como Céu, do PSDB do município de Glória do Goitá.

Diante da repercussão negativa, o vereador Céu deu uma entrevista na Rádio Goitacaz FM, na quinta-feira 18 de outubro e revelou o motivo pelo qual votou contra.

Na entrevista, o parlamentar confirmou que tem a mulher empregada na Câmara Municipal e revelou que os demais colegas também tem familiares empregados.

O vereador surpreendeu quando denunciou um esquema de caixa dois entre duas vereadoras, com funcionários legislativos.

Céu acusou as vereadoras Maria Amorim e Luiza Nery (PSB) de terem “laranjas” para receber R$ 1.600,00, sendo que apenas R$ 200,00 são repassados aos “laranjas”, ficando o restante no bolso das vereadoras.

Depois das declarações de Jose Paulo, o clima na Câmara ficou tenso entre os vereadores Chegou-se a falar até em cassação.

Mas pelo que estou informado deu em nada. É chocante a cara de pau com que o vereador fala desse esquema tão comum nos legislativos municipais, estaduais e mesmo no Congresso Nacional.

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