Por Giiovanni Sandes Que a BRA conseguiu encaixar os passageiros em vôos de outras companhias, isso é indiscutível.
Mas o imediatismo na resolução das situações chegou ao extremo de tentar adiantar em dias o embarque de quem não tinha interesse em viajar hoje nem estava preparado para o embarque.
Mesmo com a longa fila de clientes na loja da companhia aérea no Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes, não havia manifestações de grande insatisfação dos consumidores ou cenas de desespero como as encontradas ontem, quando um grupo com destino à Paraíba ficou à deriva no Aeroporto.
Tudo estaria muito bem, não fossem alguns casos, como o do vendedor Hugo José Lúcio de Souza, 22 anos. “Queria ver como fazia para pegar um bilhete para voltar Rondônia na sexta-feira.
Mas eles querem que eu embarque hoje”, reclamou Hugo, que é paraibano.
Ele veio a Pernambuco fazer compras, a trabalho, em Santa Cruz do Capibaribe, e, no momento em que foi abordado pela reportagem, estava aguardando o retorno de uma funcionária da companhia aérea. “Vim de lá (interior de Pernambuco) para o Recife assim que soube da situação da BRA pelos jornais.
Acho um abuso tentarem fazer com que eu embarque hoje”, reforçou ele, que havia deixado a bagagem pessoal e os produtos adquiridos em Santa Cruz.
Hugo interrompeu a entrevista para tentar resolver sua situação.
Retomou, próximo à equipe de reportagem, o diálogo com a funcionária. “Se quiser reembolso, é só ir para a loja.
Agora, se o senhor quer embarcar, tem que ser hoje”, insistiu ela.