Por Airton Maciel Da Editoria de Política Assumindo o combate legalista à idéia de um terceiro mandato para o presidente Lula, via proposta de parcela de governistas e petistas de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), o deputado federal Roberto Magalhães (DEM) revelou – depois de discursar à tarde no plenário da Câmara – que a estratégia da oposição para enfrentar o rolo compressor massacrante da base do governo terá de ter dois momentos.

O primeiro é o atual, com sucessivos e permanentes discursos denunciando a proposta, e o segundo será no Supremo tribunal Federal (STF), quando a PEC chegar ao Parlamento. “Não temos a mínima condição de enfrentar a maioria do governo na Câmara”, justifica Magalhães.

O deputado considera que a idéia de um terceiro mandato atenta contra o Estado Democrático de Direito, na medida em que um dos princípios fundamentais da democracia é alternãncia do Poder.

O grande temor do ex-prefeito do Recife e ex-governador do Estado é devido a sentir, conforme confessa, que nem o próprio presidente Lula sabe se vai ou não um terceiro mandato, ou seja, está indeciso.

Isso estimularia os defensores da idéia, na medida em que, se o PT não tiver um candida, e o Lula demonstrar desinteresse, haverá “uma pressão enorme” para que reveja sua posição.

Magalhães avalia que o momento na América Latina é instigador à esquerda populista.

A pratica do populismo de esquerda estaria encontrando e se disseminando.

Lembra que, na Câmara, muitos deputados do PT, P-Sol e PCdoB têm defendido “ardorosamente” o Chavismo (referência às idéias e práticas do presidente da Venezuela, Hugo Chavez), embate que vivenciou recentemente na Comissão de Relações Internacionais da Cãmara, quando foi votada a adesão daquele país ao Mercosul.

O deputado reconhece, porém, que não há relação entre o que acontece na Venezuela e o que se pretende no Brasil, com a proposta de um terceiro mandato. “O Lula não é ditatorial”, admite.

Ao mesmo tempo, entende que a idéia da propagação das bolsas-assistência também não tem nada a ver com o que ocorre na América do Sul. “Isso é coisa do PT mesmo.

Não tem nada de influência da Venezuela.

Na verdade, esse pessoal não quer é deixar o Poder”.

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