Trecho de editorial da Folha de São Paulo É razoável, nesse sentido, a proposta do Planalto de aliviar a folha de pagamentos das empresas com um corte na contribuição ao sistema S.
O importante papel exercido por entidades como Sesi e Sesc na educação e na cultura pode muito bem sobreviver a uma redução, desde que moderada, de seu orçamento.
Mas fazer um abatimento de carga tributária na melhor hipótese irrisório e em parte com o chapéu alheio (o do sistema S) não basta.
O governo Lula deve ser pressionado a abrir mão de mais tributos -e de tributos que financiam os seus gastos.
Para que isso seja factível, o Executivo federal precisa comprometer-se com a redução da despesa corrente federal ao longo do tempo.
Dissimuladamente, o governo incluiu nos itens negociados com a oposição proposta para criar um teto de crescimento real (acima da inflação) de 2,5% ao ano para a folha de salários do funcionalismo federal.
Trata-se apenas da versão mais generosa (a original limitava o crescimento do gasto a 1,5%) de medida apresentada com pompa no lançamento do PAC -a qual Lula varrera para debaixo do tapete.