Do UOL A redução na quantidade de gás natural fornecida pela Petrobras às usinas térmicas imporá um “imediato aumento no custo de energia elétrica”, além de risco de racionamento de energia, afirmou o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman, segundo reportagem da Folha de São Paulo deste sábado. “É um cobertor curto”, argumentou, sobre a oferta insuficiente de gás para atender o consumo crescente do produto e a conseqüente competição entre usinas térmicas, indústrias e veículos que usam o produto como combustível.
No caso do abastecimento das usinas térmicas, o consumo de gás não é contínuo e depende muito do nível de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas –quando estão baixos, usa-se o gás.
Mas a Petrobras, por meio de um termo de compromisso assinado em maio, se comprometeu a entregar combustível suficiente para a geração de 2,3 mil megawatts de energia no segundo semestre do ano caso a seca fizesse acionar as usinas térmicas.
Kelman avalia que a impossibilidade de a Petrobras cumprir o compromisso imporá uma “repactuação” do acordo para fornecimento de gás.
Sem a garantia de combustível para o funcionamento das usinas térmicas, argumenta o diretor da agência, o sistema elétrico operará com incertezas que elevarão o custo da energia. “No curto prazo, isso vai afetar os grandes consumidores”, concluiu Kelman.
O aumento do custo da energia vai se refletir no chamado mercado livre, ao qual recorrem consumidores de mais de 3 MW/hora.
Nesse grupo estão indústrias e até alguns shoppings centers.