O contínuo crescimento do consumo interno, que sustenta o avanço da indústria nacional e da economia, dificilmente causará inflação de demanda, aquela que faz os preços dos produtos subirem porque existem mais compradores do que mercadorias em oferta.

A conclusão é dos economistas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base na Sondagem Industrial do terceiro trimestre.

A pesquisa mostra que há sinais de expansão da capacidade produtiva.

A boa notícia, segundo os técnicos da CNI, é que entre as grandes empresas, que foram as que apresentaram maior crescimento da produção para atender a demanda de fim de ano, de 58,3 pontos em julho para 61,2 pontos em outubro, a utilização da capacidade instalada se manteve praticamente estável.

Subiu de 80% para 81%. “Isso é sinal de expansão da capacidade produtiva, com a maturação de investimentos feitos no médio prazo”, disse o economista da CNI, Paulo Mol.

Outro fator que faz os economistas da entidade acreditarem que a inflação de demanda não ocorrerá é o indicador de formação de estoques. “A produção está em alta, assim como a demanda, e não há formação de estoques indesejados nas empresas”, afirmou Mol.

E complementou. “Não importa se o estoque é grande ou pequeno, importa se ele é do tamanho planejado pelo empresário para atender suas necessidades”, explicou o economista.