Na metade do mês de outubro, o Conselho Nacional de Justiça começou a distribuir três mil computadores e 2.646 digitalizadores para 282 juizados especiais estaduais.

A medida completará a virtualização dos juizados em todas as capitais, à exceção de Pernambuco e Amapá.

De acordo com o CNJ, as duas capitais que não estão incluídas na distribuição, Recife e Macapá, não manifestaram interesse em receber os equipamentos.

A iniciativa, segundo o CNJ, permitirá a tramitação eletrônica de processos nestes órgãos. “A medida representará um marco na história do Judiciário estadual, que ingressa na era virtual e passará a eliminar o processo de papel”, comemora o corregedor nacional de justiça, ministro Cesar Asfor, que preside a Comissão de Informatização, Modernização e Projetos Especiais do CNJ.

O TJPE, pelo jeito, não vê assim.

No último dia 22 de outubro, a Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe), através do presidente Mozart Valadares, já questionou o TJPE por não ter se habilitado para receber os computadores que estão sendo disponibilizados pelo CNJ.

O pedido de informações oficial foi consignado em ata da reunião de Diretoria da AMEPE. “I – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – DISTRIBUIÇÃO DE COMPUTADORES – Encaminhar ofício à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, solicitando esclarecimentos acerca do teor da notícia veiculada através do site do Conselho Nacional de Justiça, sobre a distribuição de mais três mil computadores destinados à virtualização da Justiça estadual, onde é mencionada a ausência de manifestação da referida Corte de Justiça em receber o mencionado benefício”.

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Pelo projeto do CNJ, também seriam entregues também dois notebooks para cada corregedoria estadual, com o objetivo de agilizar os procedimentos de correição.

No total, serão entregues a 282 juizados três mil computadores, 2.112 scanner pequenos, 534 scanners grandes, 345 servidores de dados (computadores de grande porte) e 108 notebooks às corregedorias.