Depois de mais de dez anos, a Justiça do Estado, finalmente, pronunciou-se sobre as mortes ocorridas em agosto e setembro de 1997 em conseqüência do uso do soro Ringer Lactato, da Endomed, do Ceará.

Naquele ano, ocorreram 82 registros de problemas com o uso de soro fisiológico que evoluíram para trombose, sendo que 37 deles acabaram em óbitos.

O caso tratava de 16 vítimas fatais e outros 20 que sofreram lesões.

Nesta tarde, o juiz Ivon Vieira Lopes, da 4ª vara Criminal da Capital, julgou o processo e declarou culpado três dos cinco acusados.

Os réus eram os proprietários e gerentes do laboratório.

Foram condenados os funcionários responsáveis pela produção.

Regiane Maria Crippa pegou 4 anos e seis meses de detenção, na Colônia Feminina do Recife.

Paulino Issao Yamagishi recebeu condenação de 4 anos e 6 meses de detenção, na Penitenciária Agrícola São João, em Itamaracá.

João Pedrinelli, representante legal do laboratório e responsável pela autorização da comercialização, foi condenado a 4 anos e 2 meses de prisão, na mesma penitenciária.

Todos foram condenados no regime semi-aberto, no qual podem dormir na prisão e trabalhar durante o dia.

O empresário Andreas Sanden, morando em São Paulo, conseguiu um habeas corpus no STJ trancando a ação contra ele.

Desde 2003, portanto, restaram apenas os peixes pequenos.

O outro empresário Robert Friedrich Seybold já faleceu, ao longo do processo.

Veja a íntegra da sentença, de 51 páginas, aqui.