Do Uol, na Suiça Na entrevista coletiva logo após o anúncio da decisão da Fifa, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, principal responsável da candidatura à Copa do Mundo de 2014, se irritou ao falar da violência das cidades brasileiras candidatas à sede do Mundial. “Eu acredito que o problema da violência é um problema internacional (…).

Eu vejo nos EUA, garotos atirando nas escolas.

Pelo menos no Brasil não temos isso”, declarou o dirigente, que foi questionado por um repórter canadense.

Depois de dizer que o “problema da violência não é um privilégio brasileiro”, Teixeira atacou, em tom irônico, o país do jornalista. “Teve um caso dos jogadores agredidos pela polícia canadense também [em referência a um tumulto com a seleção chilena no Mundial sub-20 em julho], mas acho que isso não deve acontecer com freqüência no seu país, né?”, rebateu ele, que fez também referência ao aparato de segurança montado o Pan como exemplo da capacidade brasileira de diminuir a violência. “No Pan, tivemos um exemplo disso.

Não tivemos nenhum acontecimento no Rio de Janeiro.

Tivemos uma Força [Força Nacional] que não tivemos nenhuma violência contra ninguém no Pan”, respondeu.

A violência foi um ponto praticamente ignorado pela Fifa no seu relatório após inspeções no território brasileiro.

Logo após a fala do presidente da CBF até Joseph Blatter, comandante da Fifa, interveio e pediu a palavra. “Fizeram-me a mesma pergunta quando decidimos pela Copa na África do Sul.

Agora fazem de novo na vez do Brasil.

Um pouco de respeito ao futebol, às instituições, à casa da Fifa, muito obrigado”, atacou o suíço.

Teixeira ainda passou por outro apuro ao ser questionado da ausência de Pelé na candidatura brasileira na Suíça. “Eu não sei onde o Pelé está.

Sei que chamei dois jogadores que foram destaque durante minha passagem na CBF: Dunga e Romário”, disse.