O governo do Estado quer cortar o seu gasto com energia elétrica em cerca de 10%, em 12 meses, o que corresponde a uma economia aproximada de R$ 5 milhões.
Para isso, a Secretaria de Administração assina nesta quarta (31), às 14h30, convênio de cooperação técnica com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) visando ao uso racional e à redução do consumo em todas as secretarias e órgãos do Estado.
A medida faz parte do conjunto de ações identificadas pelo governo para tentar alcançar a meta de R$ 166 milhões em redução de gastos, em um ano.
O número foi estabelecido pelo próprio governo no último mês de março, quando denunciou ter herdado déficit da administração Jarbas/ Mendonça.
Entre as iniciativas que vão permitir uma economia na consumo de luz por parte do Estado se incluem novos contratos que serão firmados para o fornecimento de energia elétrica a 48 prédios públicos.
A idéia é adequar a oferta ao perfil de consumo dos prédios.
A assinatura do convênio está marcada para as 14h30, no 9o andar da Celpe, na Av.
João de Barros.
Além do presidente da companhia, José Humberto Castro, vão estar por lá os secretários Paulo Câmara (Administração) e Djalmo Leão (Fazenda).
CPI Pelo jeito, as relações do governo do Estado com a Celpe estão hoje bem diferentes do clima de tensão que reinava entre eles no primeiro semestre.
Em maio, ao anunciar isenção de ICMS para a baixa renda com o objetivo de diminuir o valor da conta de luz (uma promessa de campanha), o governador Eduardo Campos chegou a sugerir uma auditoria na Celpe para saber se a companhia estava aplicando 2% de sua receita corrente líquida em programas sociais - como determinava o contrato de privatização da companhia.
O governo apoiou, inclusive, a instalação da CPI da Celpe na Assembléia Legislativa no mês de junho.
CPI que, presidida pelo governista Sérgio Leite (PT), até o momento não mostrou a que veio.