Da Agência Brasil Brasília - Além do indiciamento de 23 pessoas ligadas à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo do Senado, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), pediu que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investiguem as empreiteiras contratadas para realizar obras em aeroportos e suspeitas de irregularidades. “Chegou um momento em que nós não demos mais conta de investigar.

Ficou grande demais e isso tem de ser feito por vários delegados e procuradores da República”, disse o senador, após apresentar o relatório em que cita 18 construtoras: Queiroz Galvão, Noberto Odebretch, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Junior, Via Engenharia, Planorcon, Estacom, Carioca Christiani e Nilsen Engenharia, Construcap, PEM Engenharia, Ansett Tecnologia, Serveng, Constran, Talude Comercial, Beter, Gemon Geral e Gautama.

O senador concluiu, depois de analisar os contratos de obras em 11 aeroportos, que fraudes e irregularidades na Infraero causaram prejuízo de R$ 500 milhões, no mínimo, aos cofres públicos, numa “estimativa conservadora”.

E que pelo menos “duas organizações criminosas” atuaram na Infraero: uma a partir de Petrolina (PE) e outra com base operacional em Curitiba (PR).