O navio Pacific é espanhol e tem capacidade para 650 passageiros.

O cruzeiro é a opção mais próxima do turismo de massa no arquipélago.

Para não dizer que Noronha é para poucos – apesar de sua consciência ambiental dizer que esse é o caminho –, a ilha passou a ser ponto de parada do cruzeiro, operado pela CVC.

A chegada do navio motiva várias discussões entre ilhéus, ecoturistas, pousadeiros e ambientalistas. É que, ao mesmo tempo que faz desembarcar, de uma vez só, um contingente de turistas tão grande nas praias desertas e nas águas límpidas de Noronha, o cruzeiro é também visto como uma fonte extra de renda para a ilha, que não teria estrutura para abrigar mais esses 650 turistas.

Como os passageiros fazem o pernoite – e, em tese, as refeições também – no barco, só usufruem dos passeios turísticos da ilha, organizados pelo receptivo local.

A operadora do Pacific calcula que o passageiro, em um dia de permanência na ilha, tem tempo suficiente para gastar, em média, R$ 250.

Se for assim, durante a temporada de verão, com quase 40 passagens pela ilha, os cruzeiros devem movimentar mais de R$ 6 milhões na economia local.

E discussões acaloradas, com certeza.