O Senado brasileiro parece mesmo inclinado a não aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul.

A informação é do líder do PSDB na Casa, Arthur Vurgílio (AM), ele próprio contrário à pretensão da República Bolivariana.

Segundo Virgílio, do ponto de vista econômico, não há qualquer vantagem no ingresso da Venezuela no bloco. “Não aumenta um mil-réis nas nossas exportações ou importações”, afirmou nesta segunda (29), no Recife. “Quando o Mercosul se esforça para ter inflação cadente, contas públicas ajustadas, déficits decrescentes, a Venezuela não dá bola para déficit e sobrevive pura e simplesmente por causa do petróleo”, bateu.

Quanto aos aspectos políticos da aceitação dos venezuelanos, só haveria prejuízos no entender do senador. “A Venezuela (leia-se o presidente Hugo Chávez) quer fazer disso (a entrada no bloco) uma plataforma anti-americana, travar uma polarização com o presidente Bush em torno de temas estudantis.

Essa é a verdade.

Sou terminantemente contra o ingresso no Mercosul”, disse.

Para Arthur Virgílio, o Brasil também deveria assumir sua posição de líder natural na América do Sul e impor limites a algumas ações de Hugo Chávez no continente. “A Venezuela estimula movimentos bolivarianos aqui no Brasil, pratica uma corrida armamentista às nossas barbas, agride a cláusula democrática com um parlamento de pensamento único no melhor estilo do Paraguai do general Stroessner”, acusou.

Alfredo Stroesner (1912-2006) governou o Paraguai de 1954 a 1989, elegendo-se presidente por sete mandatos consecutivos marcados por fraudes e manipulação de resultados. “Pelo Senado, (Chávez) terá um caminho tortuoso.

E acredito que não terá êxito”.

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