Os cerca de 150 estudantes que ocuparam a Reitoria da UFPE nesta sexta (26) vão permanecer onde estão pelo menos até a próxima segunda (29). É que, mesmo respaldado por uma decisão da Justiça Federal, que expediu mandado de reintegração de posse da Reitoria, o reitor Amaro Lins negociou com os alunos para que o Batalhão de Choque da PM não apareça por lá no final de semana.
Na tarde da segunda, Lins e uma comissão de estudantes devem se reunir novamente, dessa vez para debater questões relativas ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), motivo da ocupação.
A aplicação do programa do governo federal na UFPE foi foi aprovado nessa sexta, na Reitoria, em reunião do Conselho Universitário, contra a vontade dos manifestantes. “Com o Reuni é possível ampliar o quadro de professores, proporcionar três mil bolsas estudantis e fazer reformas”, diz o reitor.
O programa prevê também a ampliação de vagas e a criação de novos cursos.
Já os manifestantes sustentam que era preciso discutir o projeto, mais detidamente, com toda a comunidade acadêmica, para que a qualidade do ensino não seja afetada quando o Reuni for colocado em prática.
O que não dá para entender é o porquê de tanta barulho contra os jornalistas, que estão apenas fazendo o seu trabalho ao documentar a ocupação.
Neste sábado, a imprensa foi proibida de entrar no prédio onde os estudantes faziam assembléia.
Os alunos não quiseram dar entrevistas e chegaram a hostilizar os repórteres.
Mas aproveitaram a oportunidade para divulgar o endereço de um blog na internet onde expõem suas razões.
Já que é assim, sugiro que a imprensa local não procure mais nenhum dos manifestantes para falar.
Deixe que se comuniquem unicamente através de seu blog.
E para concluir, só uma pergunta: se existe um encontro marcado entre o reitor e os estudantes, por que eles não vão para casa estudar e voltam na segunda?
O que é que vão ficar fazendo na Reitoria no fim de semana?
A teima está mais para Jardim Infância do que para Universidade. (Com informações da reportagem do JC)