Na avaliação que faz dos problemas do turismo no Estado, colocando o Recife como o problema maior, Allan Pires Aguiar reclama até das entidades que cuidam dos ataques de tubarão.

Nos últimos 15 anos, foram registrados 52 ataques de tubarão no litoral pernambucano, com 19 mortes. “Ao lado da violência e desanimação, a imagem que é passada do Recife tem o problema do tubarão.

O problema é que o tubarão virou meio de vida de ONG no Recife.

Todo ano ele tem que morder um para que se dê a manutenção do medo”, bate, de forma diplomática. “Tem quem queira enganar-se, fazer pesquisa dizendo que não apontou o problema, mas qual o brasileiro que vem ao Recife e tem coragem de encostar na praia?

Com o horror de placas que temos aqui.

Sol e praia estão dissociados do turismo do Recife”, bate, de novo, diplomaticamente. “A coisa é tão surrealista que tem até um comitê de monitoramento”, bate novamente, de forma seletiva.

Já na Empetur, desde o mês de fevereiro, Allan Pires, sem registro de reclamação pública, viu o governador Eduardo Campos assinar, em 21 de maio, convênio com o Instituto Oceanário da Universidade Federal Rural de Pernambucode para cooperação técnica de pesquisa e monitoramento de tubarões.

O convênio, no valor de R$ 1,3 milhão, será destinado à compra de equipamentos e às pesquisas e monitoramento de tubarões realizados pelo barco Sinuelo.

Também estava incluída na parceria a produção de material gráfico educativo e dois vídeos institucionais sobre o trabalho dos pesquisadores.