Depois do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, a Oi vai tentará incrementar, na praça local, o uso do celular como forma de pagamento de compras.

Chamado de Oi Pago, o serviço representa a entrada da antiga Telemar no mercado de crédito, com a criação de uma bandeira específica, a Paggo, para gerenciar as operações.

Depois de aderir ao sistema, o usuário da Oi basta dar o número ao lojista para efetivar a compra e autorizar a transação, que chega por meio de uma mensagem no celular, onde ele estiver.

A mulher pode estar no supermercado, por exemplo, e o marido aprovar do escritório. É pelo perfil da conta de telefone que a Oi irá arbitrar um crédito para que o usuário possa gastar por mês.

O valor pode chegar até os R$ 5 mil de limite. “O brasileiro precisa de crédito.

No caso do serviço lançado pelo Banco Real, ele serve para quem já tem dinheiro e conta no banco”, compara Leonardo Caetano, gerente da Oi no Rio de Janeiro e responsável pelo projeto de implantação do Oi Pago.

O cliente também ganha uma fatura a parte da conta de telefone com os gastos no ‘cartão invisível’ e pode até fazer pagamento mínimo, o que não é aconselhado, para não ficar enforcado.

A Gol Linhas Aéreas - aquela mesma companhia aérea cujo pai do dono tenta espancar e apedrejar jornalistas que cobrem sua chegada na delegacia para apuração de crimes financeiro - deve ser a primeira a oferecer o serviço no seu site.

Submarino e Americanas são outras empresas que já fecharam parcerias.

No Recife, a rede de farmácias Pague Menos será a primeira empresa a adotar o sistema, dependendo apenas da integração de sistemas.

Na praça local, a empresa quer fechar parcerias com taxistas, manicures, de olho nas camadas populares e prestação de serviço.

A telefônica disse esperar uma boa adesão considerando que o comerciante poderá aderir ao sistema apenas pagando menos de R$ 30,00 pelo chip que permite a troca de dados com o cliente da Oi.

Com uma operadora de cartão, o lojista precisa pagar um aluguel de R$ 150,00 por mês, além de um percentual sobre as vendas, de até 5%.

O gerente de Negócios da Oi, Leonardo Caetano, disse que espera 1,5 milhão de clientes em um ano.

A operadora já tem 15 milhões de clientes. “Tem mais gente com celular hoje do que com conta em banco”, conta.

Segurança A empresa diz que o serviço é mais seguro do que um cartão de crédito, porque não há como saber se o cliente tem ou não o serviço disponível, ao contrário do cartão, guardado na carteira.

Há uma senha pessoal e, se o aparelho for perdido, quem achar não sabe a senha. “É um cartão de crédito invisível”.