O empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da companhia aérea GOl e dono de empresas de ônibus, tentou agredir jornalistas na tarde desta sexta (26), ao chegar à Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) do Distrito Federal, onde depôs no inquérito que apura fraudes no Banco Regional de Brasília (BRB).
Ele empurrou repórteres e deu uma tapa na câmera do fotógrafo Alan Marques, do jornal Folha de S.Paulo, que você vê na animação acima, feita a partir de uma seqüência de fotos de Wilson Dias, da Agência Brasil.
Nenê chegou a ameaçar o jornalista com uma pedra, segundo a ABr, e entrou na delegacia sem se pronunciar.
Seu advogado, Hermano Camargo disse que o empresário depôs apenas como testemunha.
Camargo garantiu ainda que Nenê pediu desculpas ao fotógrafo.
No momento, são investigados o ex-senador Joaquim Roriz (PMDB) e o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, no inquérito deflagrado com a Operação Aquarela, da polícia Civil do Distrito Federal.
Em conversa telefônica ocorrida em março, cuja gravação foi autorizada pela Justiça, Roriz e o então presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, foram flagrados negociando a partilha dos R$ 2,2 milhões, que seria feita no escritório do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho da Gol e dono de empresas de ônibus no DF.
Roriz sustenta a versão de que os R$ 2,2 milhões serviriam para comprar uma bezerra de R$ 300 mil e ajudar financeiramente um primo. “Vim tratar de assuntos pessoais que não têm nada a ver com a coisa pública”, disse na entrada da delegacia.