Da coluna Pinga-Fogo, de Inaldo Sampaio, no JC Roberto Magalhães insurgiu-se na Câmara Federal contra um projeto do Ministério da Justiça que cria três tipos de “bolsa” no Pronasci (Programa Nacional de Segurança e Cidadania).
São a “bolsa reservista”, a bolsa “mãe da paz” e a “bolsa protejo”.
A primeira destina-se a amparar jovens que deram baixa no serviço militar, a segunda a premiar mulheres que lutam pela paz e, a terceira, a retirar menores infratores da criminalidade.
Conforme o representante do Partido Democratas, o Brasil não está se transformando no país do trabalho, do progresso e da cidadania e sim no “país das bolsas”, cujo conteúdo eleitoreiro e assistencialista já está caracterizado pelo “bolsa família”, responsável pelo aumento da popularidade do presidente Lula junto às camadas mais desfavorecidas da população.
Se é para dar bolsa aos recrutas que deram baixa no serviço militar, a pretexto de que eles saem dos quartéis sem nenhuma qualificação profissional, diz o deputado pernambucano, que se prorrogue o serviço militar ou então se aumente o número de vagas nas Forças Armadas.
Dar bolsa a quem saiu do Exército, acresentou, “está me cheirando a uma tentativa de formação de milícias, o que é muito grave na atual conjuntura política”.
Para Magalhães, o governo Lula deveria ir direto ao assunto e em vez de ficar criando “bolsas” disso e daquilo outro, com finalidade eleitoreira, instituiria logo por Medida Provisória a “bolsa-eleitor” através da qual remuneraria a legião de desempregados que se dispusesse a votar no candidatos do PT.