O relatório da CPI do Apagão Aéreo envolve ainda o nome de um funcionário da Infraero chamado José Welington Moura.
Vem a ser ex-superintendente da Infraero no Recife.
Ele é acusado de, na condição de agente no exercício de função pública, patrocinar e intermediar interesse privado junto à administração da INFRAERO, visando o favorecimento pessoal e de terceiros.
De acordo com o texto de apresentação do relatório, ele exercia papel secundário na organização, mas também se locupletou com as ilicitudes, ao lado de mais dez outros funcionários. “Após a entrega das obras do Aeroporto de Recife, a Construtora Queiroz Galvão entregou a José Welington Moura um apartamento em edifício construído pela construtora, bem próximo ao Hotel Atlantis”, diz o documento.
Segundo a CPI, foi confirmado que ele reside na Rua Setúbal, nº 5526, ap. 1701, Praia de Boa Viagem, Recife/PE, em edifício construído pela Queiroz Galvão.
A CPI recebeu a informação de forma anônima.
O relatório pede o indiciamento em crime contra procedimento licitatório, improbidade administrativa e formação de quadrilha.
No texto, também informa-se que Moura é acusado na sindicância da CGU que investiga a contratação da empresa FS3 Comunicação e Sistemas Ltda, por não ter adotado as providências cabíveis visando sanar as irregularidades cometidas tanto no processo de contratação quanto na gestão do referido contrato. É investigado em procedimento administrativo do Ministério Público Federal do Distrito Federal (nº 1.16.000.001047/2007-50), por suposto favorecimento à empresa Audit Business Solution Ltda, em licitação para aquisição de serviços de fiscalização de faturamento e levantamento de dados usando PDA (Palm) nos principais aeroportos do Brasil.
Por fim, apurou-se que praticou vários ilícitos fiscais.