Do Congresso em Foco O relator da CPI do Apagão Aéreo, Demóstenes Torres (DEM-GO), começou há pouco a leitura do seu parecer no Senado.

No início da sessão, o senador disse que chegou à conclusão de que “uma quadrilha tomou conta da Infraero.” Segundo ele, duas máfias agiam no esquema de desvio de recursos da entidade.

Um delas seria comandada pelo deputado Carlos Wilson (PT-PE) e atuava em Petrolina (PE) e Curitiba (PR).

Demosténes afirmou que encontrou indícios de fraudes, desvios e irregularidades na Infraero. “A estimativa de desvio é de R$ 500 milhões, mas pode ser muito mais”, disse.

Durante a explanação oral, o parlamentar pediu o indiciamento de 21 funcionários da empresa e dois da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “A estrutura da Anac é muito ruim”, avaliou.

Quanto ao comportamento da agência, acrescentou, “é evidente o favorecimento às empresas aéreas".

Segundo o parlamentar, não foram investigadas as empreiteiras, chamadas por ele de “o braço corruptor” do esquema. “Se elas fossem investigadas, o trabalho seria muito mais longo”.

As investigações, no entanto, deverão continuar a ser feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

A Infraero é responsável por administrar 67 aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logística de carga no país.