Ao apresentar as conclusões das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, em seu relatório final, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que era conservadora a cifra de R$ 500 milhões para o total dos prejuízos causados aos cofres públicos pelos desvios de recursos ocorridos na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
Para chegar a esses valores, Demóstenes analisou várias obras contratadas pela Infraero nos principais aeroportos do país.
Nas obras do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o sobre-preço foi calculado em R$ 41 milhões.
Já no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o superfaturamento das obras atingiu R$ 254 milhões.
Justificando a ausência em seu relatório de investigações sobre a participação de empreiteiras nos processos licitatórios fraudulentos, Demóstenes observou que a análise de uma quebra de sigilo de uma única empreiteira poderia durar mais de três meses.
O trabalho todo de investigação das construtoras suspeitas, que deverá ser realizado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, avaliou ele, poderá levar mais de um ano.