O diretor-adjunto de Redação do JC, Laurindo Ferreira, assim que soube do falecimento do colunista social, destacou o profissionalismo do colunista. “Orismar era uma figura ágil, dinâmica, muito envolvida com a cultura.
Sua coluna retratava isso.
Era uma figura querida no mundo social e no Jornal do Commercio”, afirmou.
Foi em 1997 que ele virou titular da coluna Dia-a-Dia, publicada no JC.
Na verdade, Orismar começou a trabalhar no colunismo social em 1979, quando se tornou assistente do jornalista João Alberto, no Diario de Pernambuco. “Foram 18 anos de uma amizade muito grande.
Nunca me achei chefe de Orismar, e sim colega de trabalho, porque uma coluna não é feita por uma pessoa só”, explica João Alberto, ao JC.
Orismar nasceu em Gravatá, no Agreste pernambucano, em 21 de abril de 1943.
Além de jornalista, Orismar era poeta, com vários livros publicados.
Era integrante da Academia de Artes e Letras de Pernambuco. “Orismar era um excelente repórter e tinha a sensibilidade para achar a notícia”, atesta a jornalista Lêda Rivas.
Grande amiga da Orismar, foi a ela que ele confiou a tarefa de organizar seu livro inédito, que tem o título provisório de Havana e Recife.
O colunista e poeta publicou Destino das águas (em 1987, livro ganhador do Prêmio Othon Bezerra de Melo de poesia da Academia Pernambucana de Letras), Navegador do tempo (1993), Ritual de sonhos (1997), Poemas de amor erótico (2000), Poemas do Oriente e outros reinos (2002) e Antologia poética (2004). “Da minha mãe, herdei o bom gosto e a determinação de não desistir jamais dos meus ideais.
Ela sempre foi um exemplo de fortaleza.
Da minha tia Amália, aprendi a gostar somente do que é bom e de que quantidade não quer dizer qualidade.
A minha avó Mãe Sinhá, com seus olhos azuis e seu jeito sertanejo, fez-me descobrir nas romãs, que trazia da sua casa-sítio, para mim e meus irmãos no Dia de Reis, que repartir é o ato de amor maior”, definiu-se Orismar em seus escritos.