Da Agência Brasil Começou hoje (22) às 8h30, em Belém (PA) o segundo julgamento do réu confesso do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, Rayfran das Neves Sales.

Ele já havia sido julgado em dezembro de 2005, mas, como a pena excedeu 20 anos de prisão, tem direito a um novo júri.

Na primeira sentença, o réu foi condenado a cumprir pena de 27 anos de reclusão.

O novo julgamento está sendo conduzido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara penal da Comarca de Belém.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o réu já foi interrogado pelo juiz e agora responde às perguntas da acusação e da defesa.

A previsão do juiz Moisés Flexa é de que o julgamento dure mais de um dia.

Dorothy Stang foi morta com seis tiros no município de Anapu, a 300 quilômetros da capital paraense, em 12 de fevereiro de 2005.

A missionária trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava o programa em uma área autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Até agora, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados como executores a 27 e 17 anos de reclusão, respectivamente.

Amair Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de reclusão, como intermediário do assassinato, acusado de contratar os pistoleiros.

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado a 30 anos de reclusão pela acusação de mandar matar a missionária.

Regivaldo Pereira Galvão, fazendeiro conhecido como Taradão, também acusado de mandante, aguarda julgamento de recursos para definição de júri popular.