O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participa da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, disse que pela primeira vez foi reconhecido oficialmente pelos organismos que os países emergentes precisam participar mais das decisões.

Mantega se encontrou com o novo presidente do fundo, o francês Dominique Strauss-Khan, que assume o cargo com a missão de dar continuidade ao processo de reforma na instituição.

As informações são da Agência Brasil.

O FMI deve aumentar em 10% o número de cotas distribuídas aos 185 países de acordo com a contribuição de cada um ao fundo.

Essas cotas também definem o quanto cada país pode tomar emprestado e o poder de voto de cada nação nas decisões do FMI.

A expectativa é que as novas cotas sejam divididas entre os países emergentes, mas ainda não foram definidos os critérios que organizariam esta distribuição “Nós avançamos, houve resultados positivos em relação às reuniões anteriores.

Não foi o que queríamos, é sempre difícil obter o máximo, o ideal, mas nós conseguimos avançar em questões fundamentais”, afirmou o ministro.

E brincou: “O dinossauro se moveu.” Segundo Mantega, hoje os países emergentes contribuem mais para o equilíbrio das finanças mundiais que os países já desenvolvidos. “Com esse papel importante no cenário mundial de ajudar a encontrar um equilíbrio, nós deveríamos participar em pé de igualdade nas reuniões do G7. “O Brasil acumula reservas consideráveis, ultrapassamos U$160 bilhões de dólares e nós consideramos oportuno usar uma pequena parcela das novas reservas para outras finalidades, como ajudar na internacionalizaçåo das empresas brasileiras”.