Ainda sobre o imposto sindical, cálculo feito pela ONG Contas Abertas dá conta de que, só este ano, o imposto gerou uma arrecadação de R$ 1,3 bilhão.
Desses, a maior parte, R$ 754 milhões, saiu do bolso dos empregados, que têm 1 dia de trabalho descontado no mês de abril.
O restante do dinheiro é descontado das empresas – que este ano contribuíram com R$ 504 milhões – e dos autônomos, que responderam por menos de 4% da receita gerada pela contribuição em 2007.
Do montante arrecadado, 60% vão para os sindicatos, 15% para federações, 5% para confederações e 20% integram os cofres do Ministério do Trabalho.
Isso significa que, só este ano, o movimento sindical, incluindo o patronal, recebeu pouco mais de R$ 1 bilhão.
Com a aprovação das novas regras, as centrais sindicais passam a receber metade da parcela que até então era destinada ao Ministério do Trabalho, oriunda da contribuição paga pelos trabalhadores e autônomos.
Segundo estimativas da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, a mudança vai gerar um reforço em caixa de R$ 81 milhões em 2008 para as centrais, valor este que pode chegar a R$ 94 milhões em 2009 e R$ 103 milhões em 2010.
Isso explica o ódio dos sindicalistas com relação à aprovação de uma emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), que torna o pagamento do imposto optativo.