Quase um ano depois do encerramento da CPI das Sanguessugas, o Tribunal de Contas da União acaba de concluir um amplo levantamento sobre o programa de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia, nos anos de 2004 a 4006.
Na época, o programa foi batizado de sanguessuga digital pelo deputado federal Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro.
Depois de analisar 30 convênios, em 11 unidades da federação e 27 órgãos ou entidades beneficiárias, envolvendo recursos da ordem de R$ 82,7 milhões, o TCU firmou a convicção de que pelo menos 20% dos recursos, algo em torno dos R$ 14 milhões, são de potencial prejuízo ao erário “É importante destacar que no caso da Finep já foram intauradas pela própria entidade tomadas de contas especiais para a apuração dos prejuízos e responsabilização dos agentes”, ressalta a auditoria, obtida com exclusividade pelo Blog de Jamildo.
De acordo o trabalho, somando-se o total do sobrepreço (eufemismo dos técnicos para superfaturamento) nas diversas fiscalizações, chega-se, no âmbito da mostra analisada, ao montante de potencial dano ao erário de R$ 3,5 milhões”, escrevem.
A auditoria foi aberta há nove meses e votada no dia 19 de setembro último, sem alarde, no Pleno do TCU.