Mais uma vez, a empresária Odete de Miranda confirmou, ao Blog e ao JC, que vai processar o Estado do Rio Grande do Sul por ter sido presa , em abril passado, acusada de liderar uma quadrilha de tráfico de menores gaúchas.
E pode acionar na Justiça também o Estado de Pernambuco, caso fique comprovado que a polícia pernambucana teve participação ativa na sua prisão.
De acordo com Odete, Adílson Silva, chefe de Investigações da 2a DP de Gravataí, cidade na Região Metropolitana de Porto Alegre, garantiu ter recebido informação da polícia pernambucana dando conta de processo que correria contra a empresária por aliciamento de menores.
No caso, segundo Silva, a informação teria partido da delegada Inalva Regina, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente de Pernambuco (GPCA).
A delegada nega.
De fato, a GPCA deu apoio aos três policiais de Gravataí que vieram ao Recife para prender a empresária.
No entanto, os agentes gaúchos, que investigavam o tráfico de menores em sua cidade, diziam que o nome de uma certa “Odete” teria sido citado por um dos integrantes da quadrilha já detido no sul.
Presa, Odete ficou um dia na GPCA, no Recife, e mais seis em Gravatái.
Foi liberada por falta de provas.
No momento, além da abertura de sua nova casa de shows, ela comemora a prisão de um dos três policiais que vieram detê-la: Miguel de Oliveira, 60 anos, investigado pela Corregedoria da Polícia Civil gaúcha por suposto envolvimento no tráfico de drogas. “Estou com a razão e sou limpa.
A Tropa de Elite está lá”, disse a empresária. “Vou me reunir com meus advogados e ver o que vou fazer”.
AUTO-AJUDA Por ora, ela prefere acreditar nas palavras de Inalva Regina, da GPCA.
E lembra com carinho do dia em que estava sendo transferida para Gravataí quando, pouco antes de tomar o avião escoltada pelos policiais gaúchos, recebeu da delegada um livro de auto-ajuda: “Em busca do perdão - Descobrindo o Amor”, de James Van Praagh".
Entre outras passagens, o texto ensina técnicas de meditação.
Mas Odete encontrou uma outra utilidade para o livro.
As orelhas da publicação estão cheias de anotações feitas em Gravataí.
O conteúdo ela não revela. “O livro me ajudou bastante”, comentou.
PS: Leia o que publicamos mais cedo sobre Odete, aqui.