“Se você entender isso pela Constituição Federal, ele deveria perder todas as concessões porque não é uma pessoa idônea e nem demonstrou saúde financeira para montar o império que tem.

Então, se você começar a anotar as falcatruas em série…Só depende do procurador da República pedir o cancelamento de todas as concessões”, ressalta.

O ex-deputado federal qualificou de “absurdo” o fato de o empresário ter declarado renda de R$ 8.289,00, mas ser acionista majoritário da Rede Record já em 2002.

Além de, supostamente, ter alterado seu imposto de renda, Macedo também não poderia ser proprietário de uma concessão de serviço público com residência fixa nos Estados Unidos.

O ex-deputado chama atenção para a inauguração da Record News, quando Macedo esteve presente. “Anexei uma declaração de um advogado da Record [Rodrigo Pereira Adriano] na tentativa de isentar o bispo de irregularidades dizendo que ele não tinha mais residência fixa no Brasil e vivia há algum tempo em Nova York.

O advogado também afirmou que Macedo não era mais proprietário da Record e não tinha mais vínculo jurídico ou estatutário com a Igreja Universal do Reino de Deus”, explicou Afanásio.

A Rede Record afirmou que não se posicionaria sobre a questão por envolver apenas Edir Macedo e não a empresa.

A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou uma nota negando ter recebido a notificação do inquérito e dizendo que “não tem nada a declarar a respeito desse assunto”.

A Polícia Federal não quis dar nenhuma informação sobre o caso.

Residência Do site Comunique-se O ex-deputado estadual Afanásio Jazadji afirmou que é possível que a compra da Rede Record pelo bispo e empresário Edir Macedo seja cancelada dependendo do resultado das investigações do inquérito da Polícia Federal.

Afanásio era deputado federal pelo Democratas (então PFL) em 2005 e é responsável pela solicitação que originou o inquérito da Polícia Federal.

Macedo e sua mulher, Ester, são os proprietários da Record de São Paulo.