Os trilhos da Transnordestina, comprados na China, começaram a ser desembarcados por Pernambuco, no porto de Suape, desde ontem.

O desembarque teve que ser começado por Suape e não pelo Recife porque o navio estava muito pesado e, assoreado, o porto do Recife não pode receber navios com calado pesado.

Nesta situação, 2 mil das 8 mil toneladas estão sendo deixadas em Suape, na primeira parte da operação, que deve ser concluída até o final desta quinta-feira.

As 6 mil toneladas que desembarcarão no Recife começam a ser desembaraçadas nesta sexta-feira, numa operação que vai até a próxima terça-feira.

A carga será posta em vagões no pátio de operações das Cinco Pontas e enviada para Missão Velha, no interior do Ceará, pelo ramal Tronco Norte, via Paraíba.

O canteiro de obras inicial da Transnordestina foi instalado lá, em junho de 2006, em plena campanha eleitoral de Lula.

A carga está sendo importada de Hong Kong e faz parte de um comboio de mais quatro navios, que deverão aportar no Estado até dezembro.

No total, são 34 mil toneladas de carga ou 34 mil trilhos, se se preferir.

Cada trilho pesa uma tonelada.

Só em novembro virão mais dois navios.

O esquema de importação chegou a ser comunicado pelo concessionário da CFN, Benjamin Steinbruch, na visita que fez ao governador do Estado, Eduardo Campos, em companhia do senador pernambucano Sérgio Guerra, há duas semanas, assunto inédito nos jornais até hoje.

Uma curiosidade que me tortura é saber quem pagou pela carga, já que o empresário paulista, com negócios no Ceará, não gosta muito de tirar um tostão do bolso quando o assunto é a Malha Nordeste, antes que o governo Federal abra os cofres.