Os ongueiros Marco Belo e Luciano Pontes, diretores do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Pernambuco (Idesp), microempresa de consultoria em programas de qualificação profissional, que colocam em suspeição o secretário geral do PPS no Recife, Sílvio Barbosa de Miranda, com laranjas e empresas de fachada, por meio do Instituto Geraldo Nóbrega e outras consultorias, disseram ao Blog de Jamildo que a mãe dele, Adil Corrêia do Nascimento, tesoureira do ITGN, não pode estar assinando papéis porque está com mal de Alzheimer, em cima de uma cama.
A doença é degenerativa do cérebro e caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica.
Estes problemas amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por problemas visuo-espaciais e de linguagem.
O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com paranóias. “Quem nos contou tudo sobre a mãe doente foi Gilvan de Souza, que trabalhou com Sílvio Barbosa Miranda e é primo dele.
A Adil Corrêia do Nascimento é tia dele.
Ele nos disse que ela não reconhece ninguém”, descreveu Luciano Pontes.
Nesta quarta-feira, Marcos Belo, presidente do Idesp, e Luciano Pontes, diretor de Projetos, solicitaram à delegacia a realização de um exame grafotécnico na assinatura de Adil Correia do Nascimento, mãe de Sílvio Miranda.
Os diretores do Idesp querem que a assinatura de Adil Nascimento seja comparada com as de outras duas pessoas: Manoel Deodato da Silva e Carlos Almeida de Souza.
Silva e Souza questionaram a idoneiade e a qualificação do Idesp em várias denúncias encaminhadas ao Governo do Estado, ao Ministério Público, à Câmara de Vereadores do Cabo e à Comissão de Emprego e Renda estadual.
A semelhança que os diretores do Idesp identificam entre as letras de Silva, Souza e Adil Nascimento, os levou a suspeitar de que as três assinaturas foram feitas por uma única pessoa: o próprio Silvio Miranda.
O secretário do PPS no Recife disse estar surpreso com a denúncia feita contra ele pelos diretores do Idesp. “Não conheço a instituição deles.
Não sei direito o que ela faz”, afirmou.
Para ele, o episódio tem motivação política e estaria ligado à montagem de chapas para vereador nas eleições do ano que vem. “Eles foram filiados ao PPS e hoje estão ligados ao PR”, disse. “Isso é uma molecagem grande e vamos entrar com as medidas judiciais cabíveis, com um processo de danos em cima dessas pessoas”, advertiu.