É uma pena.
Não conseguimos uma fala do sociólogo Luiz Ratton, consultor do Pacto pela Vida, sobre o filme Tropa de Elite. É verdade que ele não tem obrigação de comentar o filme, que já assistiu.
Chegou a prometer um texto para o especial que produzimos, com o objetivo de enriquecer o debate sobre segurança, mas depois mudou de idéia.
Como integrante do governo, não aceitou expressar uma opinião porque podia ser mal interpretado, justificou-se, em conversa com o repórter Sílvio Burle.
Em todo caso, lembrei dele ao ver o filme no trecho em que o inocente aspirante Matias quer melhorar o atendimento à população apresentando um amplo levantamento estatístico sobre as áreas em que ocorrem mais crimes.
Depois de trabalhar dias e dias sobre boletins de ocorrência jogados nos escaninhos da PM, seu trabalho é jogado na lata do lixo, depois de devidamente amassado, numa bolinha de papel. “E eu lá quero saber de numerologia”, reclama o coronel Estevão, depois de receber o estudo, prontamente descartado.
Como o Pacto pela Vida tem mais de 300 páginas, dificilmente poderia ser amassado, com uma das mãos, ainda mais depois de ter sido construído coletivamente, como gosta de frisar o governo do Estado