O roteirista Rodrigo Pimentel contou, durante sua palestra na Faculdade Maurício de Nassau nesta segunda (15), que os 200 profissionais envolvidos na produção de Tropa de Elite fizeram um pacto para nenhum deles fumar maconha.
Pelo menos nos locais onde foram feitas as filmagens e a finalização do filme. “O pacto era para que não houvesse maconha durante o filme em respeito aos policiais presentes e à lei.
E funcionou”, assegura.
Durante a palestra, promovida pelo blog PEBodycount, um aluno perguntou a Rodrigo Pimentel se estaria contribuindo com a violência caso fumasse maconha plantada em seu próprio jardim.
A lógica da pergunta é simples.
Fumando sua própria produção, a pessoa não estaria financiando o tráfico de drogas.
No filme, os consumidores também são apontados como responsáveis pela violência por estarem colocando dinheiro na mão dos traficantes.
Pimentel ouviu a pergunta, riu um pouco, acompanhando pela platéia formada por cerca de 600 pessoas, e respondeu com habilidade. “Se fosse permitido plantar maconha no jardim, você não estaria contribuindo com a violência”, afirmou.
Mais cedo, já havia colocado: “Eu não vivo em uma anarquia.
Vivo em uma sociedade que tem leis.
Equanto for proibido, não vou admitir que alguém venda ou consuma do meu lado”.
Ele disse que nunca fumou, embora tenha sim “amigos maconheiros.” “Não dá mais para fumar maconha tranqüilo no Brasil, comprando de uma pessoa que tem um fuzil e domina um território”, afirmou Pimentel que acredita ser importante, no entanto, a discussão sobre legalização da droga.