O Palácio do Planalto precisará trabalhar duro no Senado se quiser aprovar a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, informa nesta terça-feira reportagem da Folha de São Paulo.

Em enquete realizada pelo jornal, 44 senadores disseram votar contra o imposto do cheque da forma como foi aprovado recentemente na Câmara.

A reportagem ouviu 74 dos 81 senadores.

Dos 44 que se posicionaram contra a CPMF, 24 afirmaram que podem mudar de posição caso o governo aceite algumas alterações, como a redução da alíquota (gradativa ou não), aumento da arrecadação para a saúde ou educação e maior repasse a Estados e municípios.

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), vai reunir nesta terça-feira os líderes partidários na tentativa de fechar um acordo para a retomada das votações no plenário da Casa.

Com o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando do Senado, a base aliada do governo aposta no diálogo com a oposição para conseguir colocar em votação até o final do ano a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF.