A mesa diretora do Senado encaminhou hoje ao Conselho de Ética da Casa quinta representação contra o presidente licenciado Renan Calheiros (PMDB-AL).

A decisão foi tomada no final da tarde de hoje, por cinco votos a favor e uma abstenção (a de Papaléo Paes, do PSDB-AP.

Esta quinta representação trata da acusação de espionagem que Renan teria promovido contra dois parlamentares da oposição, os goianos Demóstenes Torres e Marconi Perillo, ambos do PSDB.

Segundo o site Congresso em Foco, a reunião da mesa foi dirigida pelo presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), que assumiu hoje a direção do Senado após o afastamento de 45 dias a que Renan decidiu se submeter na semana passada.

Nesses cinco meses de crise no Senado, Renan teve cinco representações acolhidas pela mesa diretora.

A primeira foi de usar recursos de uma empreiteira a quem destinou emendas parlamentares para pagar contas particulares.

O processo foi julgado em plenário, mas Renan foi absolvido.

O segundo processo trata das supostas pressões que o presidente licenciado fez sobre órgãos públicos para beneficiar a cervejaria Schinchariol.

A terceira denúncia, uma da mais contundentes, diz que Renan comprou um jornal e duas rádios com o ex-deputado João Lyra (PTB-AL) usando “laranjas”.

Também há um processo sobre um suposto esquema de arrecadação feito por Renan em ministérios comandados pelo PMDB.

Há ainda uma denúncia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo no fim de semana.

Segundo a publicação, Renan destinou uma emenda para uma empresa fantasma em Alagoas construir casas populares.

O real dono da empresa seria um ex-assessor do senador.