O Democratas anunciou agora há pouco que vai entrar, nesta terça-feira, com uma representação no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Contas do Estado solicitando que os dois órgãos apurem os motivos que levaram a Prefeitura da Cidade do Recife a aumentar 64% o custo da obras do Parque Dona Lindu, que vai passar de R$ 18 milhões para R$ 29,6 milhões. “É muito estranho que um projeto que reduziu a área construída de 50% para 27%, de uma hora para a outra, aumente seus custos em 64%”, questiona o presidente estadual do Democratas Mendonça Filho.
Segundo Mendonça, a Executiva-Estadual do partido entende que, além de estranho, o encarecimento da obra do Parque Dona Lindu mostra claramente inversão de prioridade. “Apesar de ter prometido 40 mil casas populares, a Prefeitura do PT investiu em cinco anos (2001-2005) apenas R$ 26 milhões em habitação, menos do que pretende gastar no Parque Dona Lindu em Boa Viagem”, afirmou Mendonça.
Os dados constam na Prestação de Contas da PCR 2005, disponível na internet.
Nas representações ao Ministério Público e ao TCE, o Democratas vai solicitar que seja apurado não apenas o aumento expressivo no custo da obra, como também se a Prefeitura fez o estudo de impacto de vizinhança, de viabilidade de trânsito e se está cumprindo a Legislação ambiental.
A presidente do diretório municipal do Democratas em Recife, vereadora Priscila Krause, diz não entende porque a Prefeitura dá tanta prioridade a fazer o Parque Dona com um projeto arquitetônico que não conta com o apoio dos recifenses e tem um custo muito alto. “Recife é uma cidade pobre e que não mereceu nesta gestão investimentos em área carentes como as ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social)”, critica a vereadora.
O Democratas decidiu entrar com representações no MPPE e no TCE durante reunião da Executiva Estadual do partido, nesta segunda-feira, atendendo a sugestão da vereadora Priscila Krause e do deputado estadual, Augusto Coutinho.
As representações serão assinadas pela Executiva Municipal e amanhã serão encaminhadas.
Priscila Krause lembra a falta de prioridade do prefeito João Paulo em relação às obras de contenção do avanço do mar em Boa Viagem. “Estudos mostram que a contenção do avanço do mar resgataria para o povo do Recife uma faixa de areia considerável, garantindo a todos os recifenses área de lazer, além de preservar a orla, e por um custo em torno de R$ 36 milhões”, afirmou Priscila.