O governador Eduardo Campos participou nesta segunda-feira, às 15h, em Quipapá (Zona da Mata Sul), do ato que marcou o início da recuperação da Linha Tronco Sul, trecho ferroviário que se estende por 550 km, entre o Cabo de Santo Agostinho e a cidade alagoana de Porto Real do Colégio, na divisa com Sergipe, e que sinaliza a disposição da Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN de revitalizar o transporte de mercadorias por trem na região. “É um primeiro passo em direção a algo ainda mais estratégico, que é a construção da Transnordetina”, comentou o governador, que tem participado diretamente dos entendimentos com a CFN tanto para uma obra quanto para a outra.

Eduardo tem atuado, inclusive, junto a governo federal, criando as condições para a consolidação dos projetos.

O prazo para execução da obra é 18 meses, com geração de 700 empregos diretos.

Paralisada desde julho do ano 2000, por força de temporais que destruíram duas pontes e longos trechos de ferrovia, a revitalização do Tronco Sul renova as perspectivas de que o parque produtivo estadual ganhará maior competitividade para exportação de sua produção industrial e de commodities pelo Porto de Suape. “Não se pode desenvolver uma região industrializada sem transporte ferroviário e o governo de Pernambuco tem toda a clareza a respeito disso e tem trabalhado de forma decidida para consolidar estes projetos”, afirma, por sua vez, o secretário de desenvolvimento econômico, Fernando Bezerra Coelho.

A remodelação do trecho teve início há duas semanas no município alagoano de Arapiraca, e prossegue hoje no território pernambucano, em Quipapá.

O investimento no Estado será de R$ 33,9 milhões, recursos oriundos do FINOR (Fundo de Investimento do Nordeste) e da CFN.

De ponta a ponta, o tronco ferroviário liga os principais mercados e os portos do Nordeste com o Sudeste, cortando 166 km da Zona da Mata Sul de Pernambuco, entre o Cabo e Quipapá, e 384 km do território alagoano, entre São José da Lage e Porto Real do Colégio.

Em linhas gerais, o projeto tem como objetivos básicos consolidar a interligação do Estado de Pernambuco com a Transnordestina, através do Porto de Suape; recuperar a sua interligação com a malha ferroviária sul do Nordeste e com a malha ferroviária do Sudeste; além de fortalecer a posição do Estado de Pernambuco no cenário ferroviário nacional, ofertando à indústria e ao empresariado local a possibilidade de uma logística intermodal, competitiva e integrada.

Os trabalhos consistirão principalmente da recuperação das pontes e dos aterros destruídos durante as chuvas que castigaram a região no ano 2000, determinando a interrupção das obras, e da recuperação das linhas férreas propriamente ditas, com trocas maciças de dormentes (cerca de 400.000 peças), utilizando madeira derivada do eucalipto, que por ser produto de reflorestamento não agride o meio ambiente.

A recuperação deste trecho foi incorporada ao projeto da Transnordestina em 2004 quando o plano de negócios da CFN foi redefinido e avaliou a grande importância econômica da Zona da Mata pernambucana, principalmente com o crescimento da demanda de álcool e derivados, além do desenvolvimento agro-industrial da região.