O governador Eduardo Campos (PSB) assina nesta segunda (15), às 11 horas, a nomeação de 672 professores para a rede estadual de ensino.

Também anuncia o envio de projeto de Lei à Assembléia Legislativa solicitando a criação de mais 953 cargos de professor no quadro permenente da Secretaria de Educação que, somados a outros 749 cargos já criados e não preenchidos, somam 1.702 vagas a serem disputadas através de um novo concurso público em 2008.

Os 672 professores que serão nomeados por Eduardo Campos estavam na lista de espera do concurso realizado em 2006.

Os nomes serão publicados no Diário Oficial do Estado desta terça (16).

Para chegar a estas convocações, a secretaria de Educação realizou um diagnóstico sobre a carga horária de todos os docentes efetivos, observando a disciplina e a unidade de ensino de cada um.

A partir disso, analisou a lista dos concursados em 2006, levando em conta as lacunas identificadas pelo diagnóstico.

O governo alega que esgotou todas as possibilidades para efetivar os remanescentes classificados na última seleção.

Muitos candidatos aprovados não serão aproveitados, porque, segundo o governo, ensinam disciplinas já suficientemente atendidas pela rede estadual.

Isso faz prever novos protestos do Movimento Organizado dos Professores Aprovados em Concurso de Pernambuco (Moprope).

A secretaria de Educação admite que precisa abrir concurso público para 1.702 vagas.

Mas com o objetivo de suprir unidades de ensino e matérias que têm poucos professores.

O governo garante que vai realizar o novo concurso no ano que vem.

O diagnóstico na rede estadual de ensino atendeu a um termo de ajustamento de conduta celebrado em março deste ano, entre a secretaria de Educação e o Ministério Público de Pernambuco.

Na época, o MPPE pedia a substituição imediata dos contratos temporários por professores efetivos.

Em regime de regência (em sala de aula), a rede pública estadual conta hoje com 23.385 efetivos e 6.242 temporários.

Destes últimos, continuarão na rede apenas 2.750, que irão atender a programas especiais, como educação indígena e correção de fluxo, por exemplo.

REFORMA Eduardo escolheu a Escola Aníbal Falcão, no bairro de Tejipió, para fazer o anúncio oficial das medidas, aproveitando a passagem do Dia do Professor.

A escola é uma daquelas 72 unidades interditadas pelo governo no início do ano para recuperação das instalações.

Nela foram investidos R$ 336 mil do projeto Alvorada. “Com a reforma, a unidade passa a ter o padrão mínimo de engenharia adotado pelo Governo Eduardo Campos, que assegura um ambiente seguro e agradável para a aprendizagem dos alunos – requisito básico para que se tenha um ensino de qualidade”, diz o texto da assessoria de imprensa do governo.