Sete candidatos vão disputar a presidência nacional do PT, que realiza eleições internas em dezembro.

Entre eles está o atual presidente da legenda, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP), da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) – formada por integrantes do ex-Campo Majoritário –, que tenta a reeleição.

Outro nome que está na disputa é o do deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), da corrente Mensagem ao Partido, do ministro Tarso Genro (Justiça) e da qual passou a fazer parte o prefeito do Recife, João Paulo.

Um afilhado político da ministra Marta Suplicy (Turismo), Jilmar Tatto (chapa Partido é pra Lutar) tentará a presidência do partido com o apoio das alas PT de Lutas e Massas, Novo Rumo e Movimento PT.

Já Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, ganhou o apoio da corrente Democracia Marxista para disputar a eleição pela chapa A Esperança é Vermelha.

Eles vão enfrentar ainda as candidaturas de Markus Sokol (Terra, Trabalho e Soberania), Gilnei Viana (Militância Socialista) e José Carlos Miranda (Um Programa Socialista para o PT).

O prazo para inscrição de chapas ao Processo de Eleições Diretas (PED) do PT terminou na quinta-feira à noite.

Concorrem ainda outras duas chapas que não apresentaram candidatos nacionais à presidência, mas apenas para compor o diretório: a Democracia pra Valer e o Movimento Popular.

O primeiro turno das eleições internas do PT está previsto para 2 de dezembro.

O segundo turno vai ocorrer em 16 de dezembro – caso nenhuma chapa alcance mais de 50% dos votos no primeiro turno.

Entre as regras para escolha do PED está a fixação de um percentual mínimo de 30% de mulheres na composição da direção partidária.

O PT vai divulgar a lista completa de locais de votação do PED até o dia 12 de novembro.

A chapa de Berzoini (Construindo um novo Brasil) tem dois envolvidos no escândalo do mensalão – o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que responde a processo no STF, e o deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), cujo assessor foi preso com dólares na cueca em 2005.

Também foi inscrito na chapa da CNB o ex-deputado Josias Gomes, que recebeu dinheiro do publicitário Marcos Valério, mas não foi denunciado, além de Mônica Valente, mulher do ex-tesoureiro Delúbio Soares, expulso do PT por sua participação no escândalo.

Os ex-presidentes do partido José Dirceu, José Genoino e Luiz Gushiken, que respondem a processo no STF, pediram para não participar da disputa.