ADEUS AOS JORNALISTAS Por José Carlos Torves No site do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco O velho e bom jornalismo continua sendo essencial para a Democracia.

Os conceitos e os fundamentos desta profissão continuam sendo os mesmos.

Ainda é preciso levantar uma boa pauta, entrevistar várias fontes e checar as informações, antes de editá-las e publicar.

A verdade ainda tem o mesmo valor que um século atrás e a ética ainda é importante no fazer jornalismo e para que o público de um mínimo de credibilidade ao que ouve, vê e lê.

Independente do veículo que está transportando o conteúdo.

O que está mudando é a forma de comunicação e não o jornalismo, este continua com os mesmos valores que sempre dignificaram a profissão, independente da mídia em que é veiculado.

Precisamos admitir que não seja apenas o jornalista que produz informação, o cidadão comum também consegue produzir algum tipo de informação.

E, hoje, através das novas mídias é possível qualquer pessoa que tem acesso a estas ferramentas de comunicação de massa, fazer circular uma notícia, que antes era inimaginável.

Segundo Andrew Keen, autor do livro “The Cult of the Amateur”, o fato de alguém, possuir um computador com link na internet não o transforma em jornalista, pois esta nova mídia é vulnerável a mentiras sensacionalistas.

Embora a maioria dos blogueiros se considere jornalistas e muitas empresas de comunicação se valem desse tipo de material em veículos tradicionais, com o objetivo apenas de preenchimento de espaço sem nenhum custo, aumentando com isto a sua margem de lucros, não significa que o jornalista passou a ser um profissional obsoleto.

Este comportamento, depois de uma, duas ou mais notícias falsas levará a perda total de credibilidade, junto à sociedade, e processos de pessoas lesadas por noticias sem a devida apuração, que poderão ocasionar a inviabilidade econômica de qualquer projeto jornalístico, mesmo os mais sólidos e com uma imagem construída ao longo dos anos de boa prestação de serviços a sociedade. *José Carlos Torves é diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Fenaj (Federação nacional dos Jornalistas)