A senadora Katia Abreu (DEM-TO), que será relatora, na Comissão de Constitutição e Justiça (CCJ), da emenda que prorroga a CPMF, disse que pretende cumprir o prazo regimental de 30 dias para apresentar seu parecer sobre o tema.

A senadora já se manifestou contrária à prorrogação do imposto do cheque.

O texto da emenda que foi aprovado na Câmara em dois turnos foi lido ontem no plenário do Senado.

Se ela cumprir o prazo previsto e a oposição apresentar recursos, dificilmente o governo conseguiria aprovar a matéria em plenário ainda este ano.

E se não for aprovada este ano, a CPMF não poderia continuar a ser cobrada em janeiro de 2008.

Como o governo não tem todos os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CMPF, líderes da base governista já estão iniciando negociações com as oposições.

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), informou à imprensa que os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Institucionais, Mares Guia, farão uma visita nesta quinta-feira ao presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), às 10h, para conversar sobre a tramitação da CPMF e sua importância para o governo.

O senador Romero Jucá disse à imprensa que o governo não trabalha com possibilidade de não se votar a CPMF ainda em 2007.

A vigência da contribuição termina no dia 31 de dezembro próximo e, caso não haja prorrogação, ela só poderia voltar a ser cobrada 90 dias depois de instituída - noventena exigida pela Constituição para que alguma nova contribuição entre em vigor.

Além da CPMF, a emenda também prorroga a DRU, Desvinculação de Receitas da União, que autoriza o governo federal a não cumprir as exigência de investimento em saúde e educação que estão previstas na Constituição.