Mesmo aguardando com tranqüilidade a decisão que será tomada pelo seu antigo partido, no sentido de entrar ou não com processo para pedir seu mandato ao Tribunal Superior Eleitoral, o deputado federal Paulo Rubem Santiago, do PDT, diz que está pronto para a luta com os ex-companheiros. “Se o Diretório Nacional decidir por processo e pedido do mandato de voltao, vamos mostrar que fomos perseguidos e que nos enquadramos em uma excessão prevista pela legislação, já que saí do PT por divergências éticas e programáticas", explicou.

Localmente, o presidente estadual Dilson Peixoto e o secretário João da Costa disseram à imprensa que não têm interesse em entrar com processo.

Fundador do PT, Paulo Rubem foi filiado por 28 anos.

No início do Governo Lula foi suspenso por três meses do partido por ter votado contra a Reforma da Previdência.

Na legislatura passada exigiu a abertura de processos contra adversários e correligionários acusados de corrupção, tanto como coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção como no exercício da liderança do Bloco de Esquerda do Partido dos Trabalhadores.

Neste ano, trabalhou durante dois meses como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas, segundo ele, acabou perdendo a função para o deputado João Leão (PP-BA), já que sua postura independente estava incomodando parlamentares que atuam há décadas na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.