Quem reapareceu ontem entre os sem-terra que ocuparam a Usina Salgado, em Ipojuca, foi Bruno Maranhão, líder do movimento MLST, que tornou-se conhecido em todo o País ao liderar a invasão e depredação da Câmara dos Deputados, em junho de 2006.

Segundo publica hoje a editoria de Cidades do JC, os trabalhadores rurais deixaram a usina ontem.

A moagem chegou a ser paralisada.

E saíram com ar vitorioso, pois o governo federal anunciou que não vai levar em consideração apenas a produtividade agrícola dos imóveis para iniciar o processo de desapropriação.

Assim, usinas em atividade mas que têm dívidas trabalhistas, descumprem a legislação ambiental e não observam o bem-estar dos funcionários vão ser alvo de vistorias.

A Usina Salgado pode ser a primeira do país a ser desapropriada se for constatado que ela não cumpre a sua função social.

A Usina Salgado informou, através da assessoria de imprensa, que a vistoria anunciada pelo governo federal é bem-vinda.

Os proprietários do imóvel acreditam que a inspeção vai provar que a função social é cumprida plenamente.

Em relação a uma acusação de crime ambiental apontada pelo Ibama, a assessoria comunicou que assinou um termo de compromisso para fazer o reflorestamento nas margens dos rios.