O diretório estadual do PMDB de São Paulo se reúne nesta terça-feira (09) para redigir documento que será enviado ao presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), criticando a destituição dos senadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Também será pedida a revisão do afastamento dos senadores.

A informação foi repassada neste sábado (6) aos dois peemedebistas pelo presidente do PMDB-SP, o ex-governador Orestes Quércia.

Quércia classificou como “absurda” a decisão do líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO).

Segundo o ex-governador, o presidente Michel Temer precisa intervir no assunto, pois Jarbas e Simon são dois nomes históricos e, na avaliação dele, não podem ser tratados dessa forma.

Posição semelhante foi expressa pelos senadores peemedebistas Gérson Camata (ES), Mão Santa (PI), Garibaldi Alves (RN), Valter Pereira (MS) e Geraldo Mesquita (AC).

Também na terça-feira, Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon serão homenageados num jantar de desagravo organizado pela chamada “terceira via” da Câmara dos Deputados, composta por parlamentares da oposição ao Governo Federal e que têm atuação independente.

O encontro será realizado na casa do deputado federal José Aníbal, do PSDB de São Paulo.

Jarbas Vasconcelos voltou a destacar a possibilidade dele e de Simon deixarem o PMDB. “Não, sobretudo nesse momento.

Mas sou diferente de Pedro Simon.

Ele ainda acredita na recuperação do PMDB.

Eu não creio mais nisso.

Mas ainda assim não vou sair.

Com essa gente que tomou conta do partido, não creio que haja recuperação, mesmo no longo prazo”.

O senador pernambucano acredita que uma decisão dessas só faria sentido após a realização de uma profunda Reforma Política, que criasse condições de alterar o atual quadro partidário.

Jarbas retorna à Brasília nesta segunda-feira e Simon chega na terça, pois participa de reunião do Parlamento do Mercosul (do qual faz parte), no Uruguai.