A tendência Esquerda Marxista, uma das correntes do PT, não gostou da matéria da veja que fala sobre o MST das Fábricas, em Joinville, Santa Catarina.
Tanto que está processando a publicação. “Vamos ganhar uma grana preta.
Eles publicaram um monte de mentiras.
Temos um parecer do BNDES mostrando que a unidade só é viável com os trabalhadores no comando”, diz Severino Faustão, dirigente do sindicato dos químicos locais e integrante da tendência interna petista.
No Estado, a corrente já promoveu invasões de fábricas como a JB e a Fibracoco. “As ocupações vão continuar se dando.
Existem hoje cinco fábricas ocupadas no país.
Os trabalhadores não podem ficar a ver navios.
Quem desconta impostos e não recolhe é que pratica roubo, não os trabalhadores”, diz o sindicalista, que já recebeu treinamento diretamente na Venezuela, em curso que contou com a participação do presidente Hugo Chávez.
Não por acaso, nesta quinta-feira, o cônsul-geral da Venezuela visitou o Estado para prestigiar o sindicato, cuja base de filiados deve triplicar com a refinaria da Petrobras e outros projetos previstos para Suape na área petroquímica.
Hoje, são 7 mil trabalhadores na base sindical. “Não serão os 10 mil empregos que estão sendo anunciados, porque as refinarias atuais são bem modernas, mas será muita gente com os empregos indiretos, nas empresas satélites”, diz.
De acordo com o sindicalista, a ocupação de fábricas não é uma bandeira ideológica. “Não é baderna, como diz a Veja. É a necessidade de manter os postos de trabalho.
No caso da Cipla, em Santa Catarina, o presidente Hugo Chávez cortou a relação comercial e determinou a suspensão do envio de matéria-prima.
Só com os trabalhadores no comando.
Resultado, o interventor já abandonou a fábrica, porque não tem matéria-prima”, revela.
Releia a matéria da Veja aqui.