A derrubada de Jarbas e Simon tem forte cheiro de retaliação, não resta a menor dúvida.
Até porque ocorreu um dia depois de Jarbas ter relatado projeto de lei que veta a permanência de senadores investigados pela Comissão de Ética em suas funções.
No entanto, o principal motivo parece ser o trabalho do aliado Renan em favor do governo Lula.
São dois votos contrários à CPMF a menos na CCJ.
Trata-se da votação da admissibilidade.
Se não passar por lá, não chega ao plenário.
O Democratas já havia anunciado que a relator escolhida iria votar contra a CPMF. 13 x 10 A CCJ do Senado é composta por 23 membros titulares.
O bloco que forma a base de apoio ao governo (PT, PR, PSB, PCdoB, PRB, PP, PTB) mais o PMDB têm, juntos, 13 votos.
DEM, PSDB e PDT somam 10 membros.
Com isso, o placar na CCJ numa deliberação sobre a CPMF deve marcar 13 a 10, em favor do governo.
O problema é que, enquanto Jarbas e Simon estavam na CCJ, o bloco governista ficava com dois votos a menos (somando 11) e o oposicionista contabilizava mais dois (totalizando 12).
O afastamento de ambos pode corresponde a essa estratégia.
No site do Senado Federal, a composição da CCJ já está atualizada com os dois novos nomes do PMDB: Alemaida Lima (SE) e Paulo Duque (RJ).
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