A decisão de substituição de Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos da CCJ causou protestos em Plenário da parte de senadores oposicionistas como Cristovam Buarque, que defende a renúncia coletiva dos integrantes de comissão, de forma a deixar clara o que ele considera uma “manipulação” do Senado pelo grupo ligado ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse na noite desta quinta-feira que nem ele nem o governo interferem em decisões de líderes de bancadas, mas reconheceu que o conflito dentro do PMDB pode dificultar as gestões que vem fazendo para recompor a base governista.

Na semana passada, o partido conseguiu derrubar a medida provisória que criava a Secretaria de Longo Prazo e cerca de 600 cargos em órgãos públicos. - Esse é mais um tumulto, mas a questão deve ser administrada pela bancada - disse o senador.

Jucá disse acreditar que a decisão de Raupp não faz parte de uma estratégia para fortalecer Renan, depois que a CCJ aprovou, na quarta-feira (3), projeto de resolução prevendo o afastamento de senadores de cargos quando forem processados por quebra de decoro.

De acordo com requerimentos lidos em Plenário, Simon e Vasconcelos serão substituídos por Paulo Duque (PMDB-RJ) e Almeida Lima (SE), respectivamente.