O deputado Paulo Rubem Santiago, que trocou o PT pelo PDT, disse nesta quarta-feira, no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal julgava ações referentes à questão da fidelidade partidária e ele assinava sua ficha de filiação ao PDT, que não teme a coincidência, para mostrar que não está fazendo uma mudança por casuísmo. “Nos últimos anos venho acumulando divergências programáticas com o Governo Lula e especialmente contra os principais dirigentes petistas, que não tomaram atitudes para preservar o patrimônio ético, quando das conhecidas denúncias contra colegas do meu antigo partido”, explicou.
O parlamentar diz ter documentos que comprovam todas as divergências, iniciadas com a votação do projeto de lei da Reforma da Previdência, quando ele foi suspenso por 90 dias dos quadros do Partido dos Trabalhadores por ter se posicionado contrariamente.
O parlamentar esperou até o III Congresso do PT, realizado recentemente, para anunciar sua saída. “O congresso não deu respostas aos nossos questionamentos e evidenciou a predominância da força das máquinas”.
A chegada ao PDT foi cercada de loas.
O líder do partido, Miro Teixeira, elogiou a postura do novo colega. “Trata-se de um parlamentar que desde o início de seu primeiro mandato marcou a sua postura em momentos graves do cenário nacional”, ponderou.
Principal articulador da filiação do deputado, o senador Cristovam Buarque diz que “a vinda de Paulo Rubem é especial porque ele tem um compromisso com a educação e também porque ele vem do PT, partido que eu vim e que teve uma história de luta”, comemorou.
Os pedetistas realizam um novo ato para comemorar a filiação de Paulo Rubem na próxima sexta-feira (5), na nova sede do partido em Pernambuco, a partir das 17h.