Até o final do mês, deve ser decidido o impasse existente em torno da chamada Casa do Governador, em Porto de Galinhas, cuja licitação pública foi vencida em junho do ano passado pelo grupo português Teixeira Duarte Hotels, que pretende implantar um empreendimento de R$ 250 milhões no local.
A sinalização partiu do governador Eduardo Campos, nesta quarta (3), durante evento no Palácio do Campo das Princesas para assinatura de convênios com o Ministério do Turismo.
Segundo ele, todos os setores envolvidos com o futuro do imóvel estão sendo ouvidos pelo Estado. “A Prefeitura de Ipojuca nos procurou. o Ministério Público nos solicitou informação.
Técnicos da universidade também.
E os empreendedores falaram do contrato”, disse. “Quero encontrar uma saída negociada, que viabilize o projeto”.
De acordo com o governador “as discussões estão sendo travadas para que haja segurança” na decisão final sobre o que vai ser implantado na área. “Não adianta assinar um pedaço de papel sem olhar para a sociedade como um todo”, advertiu.
Na prática, o recado do governador significa que aquilo que o TD Hotels definiu com governo anterior, no ano passado, pode ser alterado. “Não interessa ao empreendedor assinar um contrato que pode não ser aprovado naqueles moldes”, avaliou.
Eduardo explicou que existem exigências técnicas, inclusive sobre a preservação do meio ambiente, que ainda não haviam sido consideradas.
E não adianta, segundo ele, selar um acordo agora que, mais adiante, pode ser contestado pelo Ministério Público ou algum órgão de controle ambiental.
O governador destacou que também estão sendo estudadas contrapartidas possíveis a serem oferecidas pelos empreendedores à comunidade local. “Uma escola de hotelaria, por exemplo”, levantou.
MELHOR DO NORDESTE A Casa do Governador é o antigo imóvel de vereneio dos chefes do Executivo em Pernambuco.
Na área de 70 hectares, o grupo TD Hotels pretende construir um complexo turístico de R$ 250 milhões, incluindo dois hotéis com mil apartamentos, um centro comercial, um centro de convenções e, em uma segunda etapa, um projeto imobiliário.
A previsão é gerar três mil empregos diretos.
Pelo cronograma original, a obra deveria ter sido iniciada em agosto.
Mas os vários interesses envolvidos na área e a disposição do atual governo de rever o projeto, acabaram paralisando o emprerendimento. “Ninguém tem mais vontade de fazer algo com a \Casa do Governador\ do que Chaves e Eduardo”, afirmou o secretário de Turismo do Estado, José Chaves. “Esse é o melhor terreno disponível hoje no Nordeste.
E queremos que ele seja produtivo, mas não para poucos”.