Do G1 Carlos Washington, de 38 anos, atravessou o país para encontrar a mãe.

Quando era pequeno, em Maceió, ouviu o pai dizer que ela morreu em um acidente de carro.

Mais velho, com a ajuda de uma rádio, começou a procurar parentes e acabou encontrando Júlia Pereira, sua mãe.

Washington diz que, ainda menino, tinha que tomar conta do pai, que era alcóolatra.

Depois, ele passou por dois orfanatos.

Segurança, educação e amor só teve quando foi adotado.

Aos 16 anos, foi viver no Recife, onde serviu à polícia do Exército.

Hoje, com a pequena empresa de limpeza mal consegue pagar as despesas da família.

Na internet, procurando emprego, veio a idéia de localizar algum parente.

O registro de nascimento tinha as informações que ele precisava: a cidade onde nasceu e o nome da mãe.

Ele escreveu para uma rádio de Paranaguá (PR) e no dia seguinte recebeu uma notícia surpreendente.

Washington esperava falar com um parente qualquer, mas o locutor disse que a mãe queria conversar com ele.

Cinco dias depois de descobrir que a mãe está viva, Washington teve uma oportunidade de abraçá-la.

Ele e a mulher dele acordaram cedo para viajar e levaram cartinhas dos filhos para a avó.

A viagem do Recife até Curitiba foi a primeira etapa para o encontro.

Depois, ele seguiu para Paranaguá.

De longe, quando chegou na rua simples, Washington viu pela primeira vez o rosto da mãe.

Ela nem esperou o filho se aproximar e o primeiro abraço foi quase no meio da rua. “A gente agora vai ficar unido”, diz Washington.

Veja o vídeo aqui.