No JC de hoje A dentista Rafaela Arcoverde da Silva, 26 anos, foi baleada durante um assalto, na tarde de sábado, no Cordeiro, bairro da Zona Oeste do Recife.

Ela chegava em casa, em um edifício na Rua Rio Capibaribe, 121, apartamento 802, quando três bandidos abordaram-na.

Embora não tenham roubado nada, os ladrões atiraram e atingiram as costas da vítima.

Internada no Hospital da Unimed, na Ilha do Leite, área central da capital, ela está em estado grave e corre risco de ficar tetraplégica.

O crime aconteceu por volta das 17h30.

Rafaela Arcoverde estava a pé quando foi surpreendida por três rapazes que passavam de bicicleta.

Não se sabe detalhes do crime, já que os familiares da vítima não quiseram falar com a imprensa e ainda proibiram os funcionários do Hospital da Unimed a repassar qualquer informação sobre o estado de saúde dela.

Até mesmo a divulgação do boletim médico foi proibida pelos parentes.

Segundo informações de conhecidos e do Hospital Getúlio Vargas (HGV), na mesma região, para onde a dentista foi levada inicialmente, ela reagiu ao assalto, tentando correr para se proteger em casa, sendo baleada.

Rafaela Arcoverde recebeu os primeiros atendimentos no HGV e, por volta das 23h de sábado, houve a transferência para o hospital particular.

Socorrida pelo pai, Aziel Francisco, ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Unimed.

Até o fechamento desta edição, às 22h de ontem, o quadro permanecia sem alteração.

O tiro atingiu a coluna da dentista na altura da vértebra cervical, provocando um choque medular.

Ontem, o movimento de familiares era intenso na unidade médica.

Todos saíam chorando, confirmando que o estado da vítima é grave.

Noiva, ela estava com o casamento marcado.

No edifício onde Rafaela Arcoverde reside, apenas o porteiro Genivaldo Bizerril conversou com a reportagem e confirmou que os assaltos na área são constantes. “Estou aqui há um ano e soube ou assisti a pelo menos cinco investidas.

Os ladrões fazem a festa, roubando, principalmente, carros das pessoas que chegam em casa”, disse.

Moradores confirmaram o clima de insegurança na área e denunciaram que raramente o policiamento aparece. “Já tivemos semana de acontecerem de três a cinco assaltos somente nas ruas próximas”, afirmou a comerciante Valdinete Marinho, 51, nascida e criada no local.

Momentos depois do crime, uma videolocadora situada numa rua vizinha foi assaltada, também por três rapazes em bicicletas.

Os ladrões levaram R$ 100 do estabelecimento, mas a proprietária não soube dizer se os dois casos têm relação.